Baco entre todos

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sem Título ?


Dentro de um contexto massificado/industrializado, não consigo me enquadrar... Um mundo em que o lucro e o capital está acima de qualquer sentimento, de qualquer emoção, de qualquer Humano...
Gerações passadas lutavam e tentavam ser eles mesmos... Gerações presentes lutam para manter-se comoda, tentam não pensar... Gerações futuras?
A vida humana se resumiu ao simples lucro e perda da Intuição! Como viver aqui ou ali?
Como deixar de lado emoções que me fazem sentir como humano...
Foto: Hedriano Oliveira
Como viver assim?
Serei eu um louco ou um filho bastardo da sociedade alienada?

 "Minha geração não quer mais sonhar.
                                       Que sonhe a próxima então..."


[Sem titulo?]

O tempo não pára

Ao som de blues
Vago pelo tempo, entre todas as gerações,
Caras Pintadas, geração perdido.
Eu sou dessa geração?
Será?

Bossa nova luta guerrilha!
Canônico, grego, hermético?!?
Linhas perdidas no tempo e no espaço.
Valores remodificados,
Morais impostas.

Como me enquadrar em moldes sistematizantes,
Se não me enquadro em tintas ou livros?
Deixo a vida pulsar
Levando-me a outros Mundos escondidos,
Delírios insanos desconexos,
Embriagues divinamente profana!!!!

Caminho entre igrejas e cemitérios,
Encontro-me com os Deuses Pagãos
Encontro-me solitário em mim mesmo...
Pelas minhas veias
O tempo escorre entre o agora e o passado.
Um agora perdido entre o ventre das Parcas.
Um passado cruzado dentro da humanidade.

Vivo, além, tento!
Eu Vivo voando entre nuvens e pulsações celestes.
Eu Além do além, alcançando realidades diversas,
Eu Tento...
Eu Tento ser eu mesmo!
Influenciado por familiares, filósofos, amigos,
Amigos mortos, amigos tentando viver.

Dentre vocês quem realmente vive?
Vocês que me ouvem, que me lêem,
Leia minha alma, entenda meus pensamentos.
Dentro do meu peito
Permito o tempo ser desvairado..
Elevo-me às estrelas do mar...
Ouço o som da rebentação!

Você ai!
Erga seus braços mórbidos
E alcance meu espírito!
Dê-me a Mao e vamos juntos
Vamos juntos não Olimpo, ao Orun, ao Infinito...
Perf Desejo - Vinicius Cassiolato
Foto: Hedriano Oliveira

Não respiro o tempo ou o espaço!
Sinto-me o todo.
O ontem que ainda não começou
O amanha que já passou...

Caminhando pelas ruas

Ouço as casas ofegantes em ira.
Vejo corpos respirando, mas não vivendo!
Seres sonâmbulos que percorrem ruas estranhas,
Seres que olham, mas não vêem,
Que andam e não sentem,
Que não tem consciência de ter uma consciência...

E nesse universo multifacetado 
Eu, sou o estranho
O atemporal
O estranhamente imperfeito!
Eu, sou o Exilado das estrelas.
Eu sou o Tempo encarnado em humano...

Eu, que aqui vos escreve,
Sou alguém perdido...

Vinicius Cassiolato


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aqui nasce uma esperança...

Um aviso! Uma sentença!
Várias lágrimas, angústias, dores....

Acorda humano, acorda vai!



Aqui nasce uma esperança


“Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou lhe fazer um pedido!”

Convivemos com mitos futuros,
Mas exaltamos os do passado!
Corremos para o além
Começando a morrer, segundo após segundo!
Inundamos-nos de carnificina,
E velamos nossos mortos.

Somos flores sem espinhos.
Sem proteção.
Sem oração.

O “assim seja”
Tornou-se enfim o banal.
Ajoelhamos e choramos perante
Todo esse mundo material!

Lágrimas derramadas,
Angústias crescentes,
E ainda assim,
Ousamos fechar os olhos!
Seja para a beleza profética,
Ou ainda para os mendigos mortos!

Comentamos o vulgar;
Nós matamos o lírico!
O amor se desfez.
Tudo se tornou apenas carnal.
Exaltamos a paixão,
Mas hoje,
Vivemos apenas de tesão.

Vivemos através dessa Esfinge Andrógena
Ceifadora da calma e do Romantismo!
Um monstro, uma alienação,
Que nos move de corpo em corpo,
Como um nômade que nunca encontra um lar!

Esquecemos do aviso de Édipo!
Depomos Helena!
Esfolamos Romeu!
Queimamos Jocasta!
Afogamos Beatrice!
Enterramos Psiquê!
Violentamos Hera!
Amaldiçoamos Perséfone!
Ficamos surdos perante a lira de Orfeu!


Nos despojamos de todos,
Para apenas obedecer ao Enigma da Esfinge!

Sem rumo.
Sem encanto.
Sem magnitude.

Apenas tentamos pedir a compaixão de Medeia.
Apenas para chamar a atenção de Vênus!
Somente por esta permanecer desnuda.

Em que época vivemos?
Em que época!

Permitimos a banalização de atos sagrados.
Exorcizamos o Belo.
O mundo gira sentindo falta de carinho!
Sentindo falta do verdadeiro significado da paixão.
Da verdadeira vida.

A sensibilidade e o belo
Estão cada vez mais distantes.
Quase em outra realidade.

Já não trocamos olhares como antigamente,
Muito menos flores e declamações!
Logo, não lembraremos mais
De como era o perfume das pétalas,
Da emoção de se receber uma declaração,
Da sensação surreal de sentir um carinho...

Um olhar, uma cumplicidade,
Um apoio...
.... Um amor...
Fechar os olhos e ver um sorriso.
Ouvir um coração acelerado.
Receber homenagens,
Declamar as curvas e as delícias de um Ser.
Presentear o inesperado.
Sussurrar um “Eu te amo”
Que não é anunciado pelos lábios.
Mas, anunciado com a alma.

Temo que posso fechar os olhos,
E quando tornar a abri-los,
Não encontrar mais a beleza, a vida.
Estarão todos mortos!
Todos os Rituais!
Todos os sentimentos infinitos!

Tenho receio de perder-me do lirismo!
Já não ouço mais as Rádios, e nego-me a acompanhar a Televisão!
Sei o que irei ver, o que irei ouvir.

Quero poder arrancar as belas canções!
Fazer ressurgir a luz em meio ao cinza.
Me dá uma vontade incontrolável
De deixar em frente a cada porta,
Uma singela rosa em botão.
Para talvez, assim,
Liberar dentro da essência humana a sensação de um amor verdadeiro.
Reviver dentro de cada um,
A esperança de um sorriso.
A participação da vida!


Vinicius Cassiolato
31/07/09

domingo, 3 de abril de 2011

Elis Regina Carvalho Costa




Elis Regina Carvalho Costa


"A 29 anos, a estrela que se pôs em cama de homem
subiu em ascensão além..."




Março, mês em que se comemora o Dia da Mulher! Um dia em que a atenção se volta ao ser fêmea!
Homenagens e declarações ecoam por todos os cantos!
Rosas singelas, perfumes suaves.
É um momento em que olhamos para aquelas que são nossos ombros, costela, suporte...
Março é o mês em que olhamos para os seres que deveriam ser vistos e sentidos todos os segundos de nossas vidas!

Pois bem, seguindo o rumo das homenagens, O Sarau no Abobrinha, que acontece mensalmente na cidade de Itupeva voltou-se então para a mulher, a figura materna, amiga, forte, decidida.
Trouxe para os presentes a figura fantástica de Elis Regina.

Músicas, partituras corporal, interpretações, exposições e magia foram alguns dos ingredientes desse evento que reuniu amigos e amantes de todas as artes.
  
Eu, Ale e Pri
                                                                                                                                                                     
                                                
Tiago Silva - Alessandra - Breno Vinicius

                                                                                                                                                          
   
Partitura Romaria - Priscila modanesi e cia
   Aproveitei a oportunidade para expor alguns trabalhos meus de desenho e também para homenagear uma das grandes ESTRELAS que o Brasil já possuiu: Elis Regina. Uma Elis tque traz varias Reginas em sua face. Uma Elis Regina que viveu para cantar e denunciar o drama de seus semelhantes.
Homenagiei uma das grandes brasileiras que acompanhou minha vida mesmo já tendo partido. Pude finalmente mostrar a alguns o quanto que essa figura forte e dicidida significa para mim
Assim como nossos pais, escrevi e pintei com a aquarela do Brasil momentos fortes da vida dessa grande interprete. Brinquei com o bêbado e a equilibrista sob a noite dos mascarados. Reconstrui sua casa no campo enlaçado pela cartomante, anunciando aos nossos filhos que ela ainda vivi entre palcos e constelações.
Resultado: recortes de sua vida. Entrevistas, reportagens, depoimentos sobre sua ida.
Acompanhado por uma equipe que confiou em mais um trabalho meu, dei o primeiro passo para a montagem do que virá a ser o resgate da memória que as gerações futuras poderão esquecer.
Elis Regina Carvalho Costa.

Ainda estamos engatinhando. Temos muito ainda que caminhar e nos aperfeiçoar. Mas agradeço imensamente a todos que participaram desse processo e que se mantem firmes e dedicados.

Ao meu elenco - Alessandra, Tiago e Breno - meu abraço apertado, espero que quando passarem a limpo, e quando cortarem os laços, façam a festa por mim!

Ao meu menino do play, também sonoplasta - Wil e Uelington - quando lavarem a alma e quando lavarem a água, lavem os olhos por mim!

E por fim a todos aqueles que ajudaram, apoiaram, opniram - Priscila Modanesi, Eron Levy, Aparecida Cassiolato - que quando brotarem as flores, quando crescerem as matas, quando colherem os frutos, digam o gosto pra mim!

perf. Elis Regina Carvalho Costa
Alessandra
Mal sabia seu Romeu e Dona Ercy que sua filha, uma menina muito tímida e tudo, um dia ficaria assinhadissima e sairia cantando por aí...

 perf Elis Regina Carvalho Costa - Alessandra, Tiago Silva e Breno Vinicius

               
Romaria - Priscila Modanesi e Cia
  













Romaria - Priscila Modanesi e Cia








  
Foto Montagem: Vinicius Cassiolato
Part Romaria

  
Foto Montagem: Vinicius Cassiolato
Perf Elis Regina Carvalho Costa
 
Foto Montagem: Vinicius Cassiolato
Tudo Junto e Misturado